Eu mudei por mim e mudei novamente pelo mundo;
Nada ganhei ou pude dar, ou talvez tenha feito as duas coisas, sei lá...
Eu possuia um bem inesplicavel, algo próprio, pessoal.
Um mundo somente meu onde poucos eram convidados para entrar;
E mas raros ainda eram as pessoas que permia que ficasse.
E então abandonei o meu mundo, e para que? Para viver no mundo coletivo;
Onde as cores se esvaem antes mesmo que você consiga colori-las.
Neste lugar eu vivi por tempo demais, tempo que não volta, e ali eu fiquei;
A procura do caminho para casa, ou de qual quer outro caminho que me levasse para longe dali.
Agora estou na estação, no espresso do retorno, talvez eu parta novamente;
Talvez eu fique por aqui, sei lá...
O que sei é o que já sabia, é de que nada sei, mas busco saber o que me intriga,
O que me enriquece, o que alimenta meu espirito, e tudo isso esta onde sempre esteve,
Dentro de mim e não fora.

Por: Rodrigo Persan